A taxa de desocupação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) chegou a 5,1% em junho, a mais baixa da série histórica (iniciada em 2002) para o mês. De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador ficou 1,8 ponto percentual abaixo do registrado em idêntico período do exercício passado, quando ele foi de 6,9%. Em relação a maio deste ano foi registrada queda de 0,7 ponto percentual, já que naquele mês o índice alcançou 5,8%.
O destaque na geração de vagas na RMBH, na comparação com junho de 2009, foi a indústria, que respondia por 16,3% das vagas em junho de 2009, percentual que subiu para 17,3% no mês passado. Ainda segundo o IBGE, o desemprego na Grande BH foi inferior à média nacional, que somou 7%, também a mais baixa para junho desde o começo da série histórica. Em 2009, a taxa brasileira no sexto mês ficou em 8,1%, enquanto que em maio de 2010 o percentual no Brasil ficou em 7,5%.
Conforme os números da PME, a Região Metropolitana de Salvador registrou o nível mais elevado de desocupação (12%) entre as seis regiões pesquisadas pelo instituto, seguida pela Grande Recife (8,6%). Já o resultado mais baixo foi verificado na Região Metropolitana de Porto Alegre (4,7%).
A expansão do emprego industrial pode ser atribuída ao bom momento vivido pelo setor em Minas Gerais, que chegou a utilizar em maio 86,4% da capacidade instalada, de acordo com o último levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Além da indústria, o aumento no nível de ocupação, frente a junho do ano passado, também foi registrado no setor de construção civil. Os demais segmentos apresentaram estabilidade na Grande BH, ainda de acordo com a pesquisa. Já na comparação mensal todos se mantiveram estáveis.
Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscom-MG), Luiz Fernando Pires, os resultados refletem a realidade do segmento no Estado. "A todo momento são lançados empreendimentos, ao mesmo tempo em que outros ainda estão saindo do papel. E a tendência é que continue assim até final do exercício, tanto no segmento residencial quanto no industrial", afirmou.
Conforme a pesquisa do IBGE, o comércio foi em junho a atividade econômica que manteve a maior parcela de trabalhadores ocupados (18% do total) na RMBH, seguido pela indústria (17,3%) e "outros serviços" - alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais - (16,4%).
PEA - No sexto mês deste ano, a Região Metropolitana de Belo Horizonte contabilizou 2,480 milhões de pessoas com emprego, o que corresponde a uma alta de 4,59% na comparação com igual mês de 2009 (2,371 milhões). Em relação a maio de 2010, o indicador sofreu redução, neste caso de 0,12%. Naquele mês, 2,483 milhões de pessoas trabalhavam.
Em junho de 2010, ainda de acordo com o IBGE, 134 mil pessoas estavam desempregadas na RMBH ante 175 mil no mesmo mês de 2009. Já em maio de 2010 os desempregados somavam 152 mil.
Já a População Economicamente Ativa (PEA) da Grande BH somou 2,614 milhões de pessoas em junho deste ano, total superior ao de igual mês do ano passado (2,546 milhões). Em maio de 2010, a PEA na região era formada por 2,635 milhões.
O rendimento médio real da população ocupada, por sua vez, foi estimado em R$ 1.336,40 na RMBH no último mês. O total é 3,64% superior ao verificado em maio (R$ 1.289,37). O resultado foi menor do que a média nacional (R$ 1.423), que subiu 0,5% no mês e 3,4% no ano.
Fonte: Diário do Comércio
sexta-feira, 23 de julho de 2010
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