O senhor esperava que a propaganda na TV tivesse um efeito tão rápido nas pesquisas?
As pessoas não estavam atentas à eleição. Havia um certo afastamento, uma certa apatia em relação a campanha ao governo. Há um desconhecimento grande em relação ao nome e um campo maior para avançarmos. A última pesquisa demonstra de fato uma arrancada muito positiva. Eu acho que é a TV é o início da campanha propriamente dita. Com a televisão, as pessoas vão conhecendo mais o nosso nome, vendo as nossas propostas e ficam sabendo quem está do nosso lado: Aécio e Itamar. E nós vamos subindo. Vamos passar e ganhar as eleições.
Seu adversário está apostando muito na força do vice, Patrus Ananias. Surgiram fortes rumores em Minas de que o senhor poderia trocar o seu vice, Alberto Pinto Coelho, por Itamar Franco. Isso é verdade?
Não há o menor fundamento. Isso partiu de alguém que deseja tirar o futuro senador Itamar da disputa. Criou-semesmo essa ilação.O Alberto temmuito prestígio e terá um papel fundamental no governo. Existe algum temor do outro do outro lado, e foi por isso que lançaramessa dúvida.
Como o senhor explica esses movimentos políticos de acomodação de forças em Minas, o 'Dilmasia' e o 'Helécio'?
Isso ocorre no Brasil todo porque o voto é decisão individual de cada um. Ninguém pode ser pretensioso para ditar ao eleitor em quem votar de cabo a rabo. O voto é soberano. Tudo é Minas. Isso acontece há décadas em todas as eleições. O que temos são bases políticas que se sobrepõem. É o caso deMarcio Lacerda, o prefeito de Belo Horizonte. Ele é do PSB, mas seu partido é da base da Dilma. Isso é um dado da realidade.
Como avalia a dificuldade do Serra em Minas, estado sob gestão do PSDB por oito anos?
O que está acontecendo não é um fenômeno mineiro. Temos que robustecer a campanha do Serra no Brasil todo, não só aqui. De qualquer forma, estamos firmes para que ele ganhe a eleição no nosso estado.
Ainda espera ver o Aécio candidato a presidente?
Mais dia, menos dia será candidato a presidente. É o nome natural.
Minas foi umdos poucos estados onde PT e PSDB coabitaram pacificamente. Agora, os partidos estão em lados opostos. Como será o futuro dessa relação?
Em Minas Gerais nós não fazemos inimizades. As aproximações políticas se dão no dia a dia. Mas a evolução política é natural e os cenários mudam. Existem, entre PT e PSDB, maneiras diferentes de ver o mundo que nos afastam um pouco. Mas isso não nos faz inimigos. As circunstâncias nos colocaram em lados opostos nessa eleição. No começo da década de 1990, os dois partidos eram muito próximos. Quem sabe no futuro possam se aproximar.
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